14 de agosto de 2013

Plenária dia 21 (quarta) para construir o dia nacional de paralizações em 30 de agosto

No dia 11 de julho, construímos no país a maior greve geral desde as grandes greves dos anos 1980. Seu epicentro foi em SP, ABC, Santos, Cubatão..., Campinas, São José dos Campos, onde parou grande parte do maior centro industrial do país. Em cidades como Porto Alegre e Belo Horizonte a atmosfera de greve geral foi dada pela paralisação realizada pelos trabalhadores do transporte público. Calculamos que mais de 3 milhões de trabalhadores paralisaram suas atividades no país. Ainda não foi uma greve geral, mas seu primeiro ensaio.

As centrais sindicais do Brasil estão convocando um dia nacional de paralisação em 30 de agosto para cobrar dos governos e dos patrões a nossa pauta de reivindicações.

Para organizar o dia 30 de agosto na capital do país, a CSP-CONLUTAS convida os sindicatos, dirigentes sindicais, oposições e representantes sindicais de base, as entidades estudantis, os camponeses, os sem terra, os sem teto, o movimento estudantil e o movimento popular e todos os lutadores e lutadoras do DF para uma PLENÁRIA DE ORGANIZAÇÃO DO DIA NACIONAL DE PARALISAÇÃO NO DF – DIA 21 DE AGOSTO, ÀS 19 HORAS, NA SEDE DA CONDSEF Endereço: SDS, Bloco “L”, N.º 30, 5º Andar Edifício Miguel Badya, (Conic, em frente ao Teatro Dulcina).

Vamos parar o Brasil por:

-Melhoria da qualidade e diminuição do preço dos transportes coletivos: chega de desrespeito à população, mais ônibus e metrôs de qualidade.
-10% do PIB para a educação pública: pagamento do piso nacional aos trabalhadores em educação, escola pública de qualidade para todos.
- 10% do orçamento para a saúde pública: saúde não é mercadoria, chega de filas e mortes nos hospitais públicos.
-Fim dos leilões das reservas de petróleo: chega de privatização e entrega do patrimônio brasileiro.
-Fim do fator previdenciário e aumento do valor das aposentadorias: respeito e dignidade para quem construiu esse país.
-Redução da jornada de trabalho: trabalhar menos para ter qualidade de vida e tempo para a família.
-Contra o PL 4330: chega de terceirizações e precarização do trabalho.
-Reforma agrária: terra para quem nela vive e trabalha.
-Salário igual para trabalho igual: basta de discriminação à mulher no trabalho.

MAS COM ESTE MODELO ECONÔMICO NÃO SERÁ POSSÍVEL GARANTIR VIDA DIGNA A QUEM TRABALHA. POR ISSO NOSSA LUTA É TAMBÉM POR:

-Não pagamento da dívida externa e interna aos banqueiros e especuladores. Só em 2012 foram mais de R$ 750 bilhões do orçamento do país para isso. Queremos estes recursos na saúde e educação pública, na moradia e nos transportes públicos.
- Contra as privatizações do patrimônio e dos serviços públicos. Reestatização do que já foi entregue ao capital privado. Petrobras 100% estatal, revogação da EBSERH, da privatização da aposentadoria dos servidores, arquivamento do PL 092, fim das PPPs no transporte e nas estradas e das privatizações dos aeroportos.
- Chega de recursos públicos para as grandes empresas (desoneração, isenções fiscais, crédito subsidiado, etc.). Recursos públicos para o serviço público e a valorização dos servidores; SE TEM DINHEIRO PRA COPA TAMBÉM TEM PARA A SAÚDE E EDUCAÇÃO!
- Cobrança imediata das dívidas das grandes empresas (nacionais e estrangeiras) com o INSS, FGTS, BNDES e bancos estatais.
- Congelamento dos preços dos alimentos e tarifas públicas. Aumento geral dos salários. O salário deve ser suficiente para assegurar o que manda a Constituição Federal, ou seja, cobrir as despesas de uma família para ter vida digna (moradia, alimentação, vestuário, saúde, educação, cultura e lazer).
- Redução drástica da taxa de juros e fim do superávit primário: chega de dar dinheiro para banqueiros.
- Contra toda forma de discriminação e opressão: chega de violência contra os negros, mulheres, LGBTs, indígenas e moradores da periferia.
- Contra a criminalização das lutas e das organizações dos trabalhadores e da juventude: Lutar é um direito e não um crime.