6 de dezembro de 2012

Militante síria vai a Brasília falar sobre a guerra civil em seu país





Brasília recebeu nesta terça-feira (27) a visita da militante Sara al Suri, que faz parte da oposição ao ditador Bashar Al Assad na Síria. Ela falou sobre a guerra civil que assola o país há 20 meses e a resistência de seu povo. A atividade foi feita na UnB, com a presença de cerca de 50 pessoas.

Sara já passou por várias cidades do Brasil divulgando a causa síria. Os debates estão sendo organizados pela CSP-Conlutas e pela Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (Anel). Rio de Janeiro, São Paulo e várias cidades do Nordeste já receberam a visita da militante.

Sara falou sobre o verdadeiro caráter da ditadura que existiu na Síria durante 40 anos, iniciada pelo pai de Bashar, Hafez Al-Assad. Foram anos em que o país não teve o mínimo de liberdades democráticas e a classe trabalhadora não tinha nenhuma chance de se organizar. Com a posse do filho de Hafez, em 2000, não houve avanços em relação às liberdades democráticas e a desigualdade social aumentou. Hoje mais de 70% da riqueza do país está nas mãos do capital privado, em especial nas mãos de empresários parceiros da família Assad.

A militante lembrou que no início a resistência ao regime era pacífica. Eram manifestações espontâneas, sem nenhuma direção centralizada. Depois, com a brutal repressão do ditador Assad, foram formadas milícias rebeldes a partir dos soldados que desertavam do exército por não concordarem com os massacres contra a população civil.

“Hoje não há uma organização centralizada, mas um guarda-chuva de organizações da resistência”, explica Sara. Ela relata que o povo sírio hoje tem uma grande desconfiança do governo e também de setores da oposição que se aproximam do imperialismo americano. Mesmo assim, a disposição de luta é cada vez maior.

Ao final da atividade, os participantes foram chamados a doar dinheiro para a revolução. Foram arrecadados cerca de R$ 130,00. A militante segue para o Sul do Brasil, fazendo palestras em Porto Alegre, Curitiba e Santa Catarina.

Debate sobre os novos ataques aos direitos trabalhistas no Brasil é realizado pela CSP Conlutas – DF



          Aconteceu no último dia 22 em Brasília o debate “Acordo coletivo especial – ACE, lei de greve para o funcionalismo público e reforma de previdência: novos ataques aos direitos trabalhistas no Brasil”. O evento, realizado pela CSP-Conlutas-DF, aconteceu no auditório da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho Previdência e Assistência Social (Fenasps).

          No início, foi feita uma homenagem a Zumbi dos Palmares para lembrar o Dia da Consciênica Negra, 20 de novembro. O companheiro Almir César lembrou a atualidade da luta contra o racismo que ainda se apresenta forte na sociedade brasileira e mundial.  “Em que pese o discurso de que não existe mais racismo no Brasil, temos exemplos diários e gritantes das atrocidades cometidas contra negros e negras nas periferias brasileiras” , lembrou o membro da coordenação da CSP-Conlutas no DF.

          Entre os presentes no debate, pudemos contar com a presença de representantes do Sindmetrô, Sindágua, Assembleia Nancional dos Estudants Livre (Anel) e Intersindical, além das oposições sindicais de professores, correios, rodoviários, funcionalismo  público federal e docentes da UnB. Eles fizeram suas saudações ao espaço de unidade que está sendo construído para resistir aos ataques que o governo federal prepara contra os trabalhadores. Também foi denunciado o papel nefasto cumprido pelos setores majoritários da CUT. O debate foi importante para o compartilhamento de experiências e propostas para as lutas que virão.

          Esse momento serviu para reforçar entre o ativismo combativo do DF o sentimento de que é necessário ganhar as ruas na defesa de nossos direitos. Para isso, precisamos construir uma sólida unidade entre os que não se venderam em torno da resistência a esses ataques e na luta por direitos.

          Foi aprovada uma nova reunião para o dia 13 de dezembro. Estão convidadas todas as organizações que estavam presentes nesse dia 22 e aquelas que quiserem se somar. O objetivo é fazer um calendário conjunto de atividades para lutar contra esses projetos que  podem acabar bom os direitos  dos trabalhadores brasileiros.