8 de agosto de 2013

Eleições para o Sindsep-DF mostram crescimento da oposição




Terminou na madrugada desta quinta-feira (08) a apuração das eleições para o Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal (Sindsep-DF). A atual diretoria conseguiu eleger sua chapa, mas a oposição cresceu, conseguindo cerca de 30% dos votos. Foram 2.149 votos para a chapa 1 (atual direção) e 872 para a chapa 2(oposição).
 
Dos mais de 20 mil filiados no sindicato, apenas 3.124 participaram da votação. Isto mostra que a maioria dos servidores não aprovam a atual diretoria. Hoje boa parte dos filiados são aposentados e os novos servidores raramente não se filiam. Em alguns órgãos públicos, as associações acabam preenchendo o vácuo de representação
 
Esta descrença não impediu que a chapa de oposição tivesse uma votação maior que nas últimas eleições, em 2010. Além disto, a atual diretoria mudou muito seu discurso, denunciando o descaso do governo federal com o funcionalismo. A chapa da oposição teve como principal eixo de campanha a independência em relação ao governo.

A chapa 2 foi composta militantes do PSTU, PSOL, grupo dos “independentes” e outras organizações de esquerda. A chapa 1 é dirigida por militantes do PT.

Continuidade da luta

Em setembro serão realizadas as eleições para delegado do congresso da Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais (Condsef). Os grupos que fizeram parte da chapa 2 vão para a disputa, que vai decidir os rumos da confederação que une mais de 800 mil trabalhadores.
 
Uma das principais discussões do congresso será a relação da Condsef com a Central Única dos Trabalhadores (CUT). A central governista é repudiada por boa parte dos servidores. O último congresso da Federação Nacional dos servidores do Judiciário Federal (Fenajufe) aprovou a desfiliação da central.

A unidade entre aqueles que defendem a independência do movimento sindical ao governo se mostrou vitoriosa. Em um momento em que o governo faz cortes no orçamento e jogar a crise em cima dos servidores públicos, esta unidade é urgente.

Milhares de pessoas a esplanada dos ministério nas manifestações de junho. Entre elas estavam vários servidores públicos que trabalham nos prédios da administração federal. Isto mostra uma nova disposição de mobilização, que pode colocar o governo contra a parede.