Terminou
na madrugada desta quinta-feira (08) a apuração das eleições para o Sindicato
dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal (Sindsep-DF). A atual
diretoria conseguiu eleger sua chapa, mas a oposição cresceu, conseguindo cerca
de 30% dos votos. Foram 2.149 votos para a chapa 1 (atual direção) e 872 para a
chapa 2(oposição).
Dos
mais de 20 mil filiados no sindicato, apenas 3.124 participaram da votação. Isto
mostra que a maioria dos servidores não aprovam a atual diretoria. Hoje boa
parte dos filiados são aposentados e os novos servidores raramente não se
filiam. Em alguns órgãos públicos, as associações acabam preenchendo o vácuo de
representação
Esta
descrença não impediu que a chapa de oposição tivesse uma votação maior que nas
últimas eleições, em 2010. Além disto, a atual diretoria mudou muito seu discurso,
denunciando o descaso do governo federal com o funcionalismo. A chapa da
oposição teve como principal eixo de campanha a independência em relação ao
governo.
A chapa 2 foi composta militantes do PSTU, PSOL, grupo dos “independentes” e outras organizações de esquerda. A chapa 1 é dirigida por militantes do PT.
Continuidade da luta
Em
setembro serão realizadas as eleições para delegado do congresso da
Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais (Condsef). Os grupos que
fizeram parte da chapa 2 vão para a disputa, que vai decidir os rumos da
confederação que une mais de 800 mil trabalhadores.
A unidade entre aqueles que defendem a independência do movimento sindical ao governo se mostrou vitoriosa. Em um momento em que o governo faz cortes no orçamento e jogar a crise em cima dos servidores públicos, esta unidade é urgente.
Milhares de pessoas a esplanada dos ministério nas manifestações de junho. Entre elas estavam vários servidores públicos que trabalham nos prédios da administração federal. Isto mostra uma nova disposição de mobilização, que pode colocar o governo contra a parede.